O balanço dos primeiros 100 dias da nova gestão da Prefeitura de Petrópolis revelou uma herança financeira preocupante: dívidas de pelo menos R$ 950 milhões, sendo R$ 148 milhões apenas no INPAS, acumulados durante gestões anteriores.

A situação é ainda mais crítica em 2024: R$ 75 milhões deixaram de ser repassados ao INPAS, afetando aposentadorias, pensões e a segurança dos servidores. Para o prefeito Hingo Hammes, isso é “cruel com quem dedicou anos ao serviço público”.

Outros débitos incluem mais de R$ 340 milhões em precatórios e R$ 90 milhões em obrigações fiscais. Apesar do cenário, a atual gestão já quitou cerca de R$ 100 milhões em salários atrasados, encargos sociais e dívidas patrimoniais. Também regularizou repasses de empréstimos consignados que eram descontados dos servidores, mas não repassados aos bancos.

Com um orçamento R$ 400 milhões menor por causa da queda na arrecadação de ICMS, a prefeitura adotou medidas de contenção: revisão de aluguéis para reduzir 25% dos gastos, auditoria na folha de pagamento e articulação com governos estadual e federal para buscar novos investimentos. A orientação aos contadores sobre o correto preenchimento da Declan também busca ampliar a arrecadação municipal.

“Trabalhamos com responsabilidade, ouvindo as demandas das ruas e entregando resultados concretos à população”, afirmou Hingo Hammes.